PALAVRAS DO CORAÇÃO
Quem não tem ou já teve uma enorme lista de sonhos? Desejos sobre a vida pessoal, profissional, emocional, material e por aí vai. Sonhar é bom, uma amiga me disse certa vez que os sonhos, para serem realizados, precisam ser primeiro plasmados no astral, com isso, acredito que ela quis dizer que é preciso pensar sobre o que se quer, sobre como conseguir, imaginá-lo já realizado e completo, e encará-lo como algo realmente palpável. Creio que seja mesmo uma bela maneira de traduzir a crença em si mesmo ao desejar algo. É vero que existe muita coisa que depende das nossas atitudes, mas também acredito que cada uma delas tem seu tempo.
Não adianta “por pilha” no tempo, o relógio da vida é dono do seu próprio nariz e não admite intromissão. É claro que temos que fazer a nossa parte, mas forçar a barra é não enxergar as tantas outras opções que a vida oferece avisando que tem outro caminho disponível.
O tempo pode ser o melhor remédio para os males da alma quando aceitamos seguir em frente. Pode ser o chá digestivo pro sapo enorme que desceu goela abaixo e que dá vontade de ficar remoendo infinitamente. Pode ser a mudança do ponto de vista sobre uma situação de tantos lados quanto a quantidade de pessoas envolvidas. O tempo pode ser a maturidade que ensina a ver a vida de um jeito diferente. O tempo pode ser exatamente o que você precisa, inclusive, descobrir que já se passou tempo demais.
Ás vezes a gente usa muito do nosso tempo focada (o) no que acha que realmente é importante, quando na verdade o importante também pode ser: quando saber desistir ou mudar o foco. Aceitar a vida como ela é, não é como deitar em uma rede debaixo do coqueiro com uma limonada gelada ou cruzar os braços até que tudo aconteça ou se resolva. É sim, fazer tudo o que está ao alcance e aceitar o resultado.
Muitas vezes o resultado não é bem o que tira da gente um belo sorriso de satisfação, mas acho que ganha muito mais quem pergunta: o que eu aprendi com isso? Do que quem pergunta: por que nada acontece do jeito que eu quero?
O fato é que fazer o meio de campo entre razão e emoção é praticamente “missão ninja”, mas pode trazer um baita resultado positivo. O tempo também é bom professor e aprender a lidar com o que não está em nossas mãos, aceitar escolhas alheias às suas e não impor suas vontades como se fossem as únicas, é aprendizado de conclusão de curso. O diploma do “ aprender a viver a vida com sabedoria”.
Pois é, uma introdução enorme, mas necessária para trazer para vocês novidades e notícias quentinhas sobre o meu mundo e o mundo do ohdeacasaa. A pessoa que vos fala, a “lôca” do “ faz tudo ao mesmo tempo” passou por momentos e experiências transformadoras: geada que deu um “prejú” enorme, depois assalto, trabalho em fase de mudanças e outras coisinhas que somadas, deixam qualquer um meio sem chão. Mas tudo nessa vida acontece com um propósito e geralmente tem ligação com a nossa capacidade de transformação.
Eu venho, há tempos, avaliando minha vida profissional e sentindo muita necessidade de ser feliz. Trabalhar com obra, reformas, fornecedores e mão de obra requer um certo “ quê” de sangue frio que a minha pessoa já não tem mais, esgotou. Ou talvez esteja tão necessitada de um tempo que mudar o caminho tornou-se a melhor das soluções.
Passei um período do ano de 2016 trabalhando no TCC, uma loucura para manter a entrega dentro do prazo. Quatro dias antes da entrega fomos assaltados e levaram meu computador, dentre outras coisas. Por sorte, não levaram o becape e pude finalizar a tempo usando um computador velhinho, quase uma máquina de escrever digital... rsrsrs... ponta firme! Mas no momento seguinte, pós experiência traumática, senti uma necessidade enorme de agir, de fazer algo imediatamente para mudar a energia e sentir que a vida não estava estagnada e eu apenas levando lambada de cabeça baixa.
Pensei no que eu poderia fazer e escolhi enveredar para questões culinárias, passei três meses produzindo e vendendo salada no pote. Foi uma experiência especial que, como tudo nessa vida, traz aprendizados. E quais foram os meus? Para quem balançava a bandeira de que não sabia cozinhar, as coisas funcionaram de um jeito muito legal e entendi que tudo é possível nessa vida, basta você estar feliz com o que faz.
Claro que a surtada pessoa que vos fala não se contentou em trabalhar em uma única coisa e, ao mesmo tempo, iniciei as costuras, um lado meu que já vem na luta para aflorar e até então estava sem prioridade.
Chegou num ponto que precisei escolher, não dava para andar com os dois e decidi ficar com as costuras. As saladas e antepastos não serão banidos da minha vida, mas sei que é preciso ter investimento, lugar e gente para ajudar, é o tipo de negócio que funciona bem se crescer, sem investimento vira só complemento de renda e aí não rola; funciona bem assim, para quem trabalha com doces para festas.
Entãããoooo... chegamos ao ponto. Ao optar pelas costuras resolvi trazer para o blog esse meu lado costureira de ser, que “órrrrna” com o universo do ohdecasaa e soma mais uma coisinha na minha lista multidisciplinar deste meu eu, cheio de bracinhos ao estilo polvo de ser. A partir de hoje, apesar de já ter postado umas coisinhas no face, o blog também será a morada das minhas costurices e criações... hum... viu? Criações... é só uma palhinha do que vem por aí!!!
Apesar da minha longa ausência, meu coração continua batendo pelo blog, ele não está pronto, não tem espaço para propaganda, a pessoa que trabalhava nisso seguiu outros caminhos também e eu resolvi aceitar a situação. Vou continuar cuidando dele, mas terei que aguardar outro momento para levá-lo ao nível que desejo. Tudo bem! Para escrever eu não dependo de ninguém, por isso... voooolteeeeeiiiii!!!
Beijos, beijos!!