Cidades de papel – Filme x Livro

agosto 27, 2015

RECOMENDO

Fico imaginando como deve ser difícil para as pessoas envolvidas na produção de um filme tomar as decisões necessárias para que um livro de 316 páginas (versão em português), transforme-se em um filme de uma hora e quarenta e cinco minutos.




Fui ao cinema com uma certa expectativa quanto a isso. Fiquei matutando sobre:
1) que cenas e falas fariam a ponte entre ambos e...
2) se as escolhas seriam realmente as melhores para trazer a alma do livro para as telas de cinema.

Minha eterna opinião é que o livro é sempre melhor do que o filme, pelo simples fato de que o livro nos faz experimentar uma versão imaginada, ou como prefiro dizer, uma versão filmada por nós mesmos, exatamente pelo tempo que levamos para lê-lo, ou seja, por um tempo muito mais longo, com muito mais detalhes e com direito a paradas para o cafezinho!!

Apesar da trama de “Cidades de Papel” ter sofrido um baita encolhimento, momentos e falas terem sido mudados de ordem ou local e todo o mistério ter sido sumariamente compactado, eu, ainda sim, me diverti!


No entanto, acredito que a maior mudança de todas é o final. O livro foca muito mais os sentimentos de Quentin por Margo Roth Spiegelman. No final do filme, o sentimento ainda está ali, mas Quentin amadurece de um jeito diferente no filme e no livro. O filme expõe de uma maneira mais objetiva o processo de passagem da fase “High Schooll” para a Universidade, todos os sentimentos de perda e recomeço para cada um deles e o quanto a amizade é importante. O filme oferece a oportunidade para que todos (menos Margo Roth Spiegelman) vivam o rito de passagem: o baile de formatura.



O final do filme é um pouco mais leve e foca de um jeito bem mais claro o grande erro de Quentin sobre Margo Roth Spiegelman (e o que costumamos fazer também, mesmo sem notar) que é transformá-la em algo muito maior do ela realmente é. Ben sente a mesma coisa em relação a Lacey, quando percebe a enorme diferença entre a versão idealizada da garota que gosta e a versão real.

E aí, fiquei pensando no que Margo Roth Spiegelman diz sobre ela mesma enquanto conversa com Quentin. Em um determinado momento, ela diz que nem ela mesma se conhece e, em outro, que ela não é o tipo de pessoa que se vê vivendo os moldes tradicionais de vida: um bom emprego, marido, filhos e uma casa. 

Então, faço uma pergunta a Margo Roth Spiegelman: 
- Se você ainda não encontrou a si mesma, como pode ter tanta certeza sobre suas opiniões em relação à vida e ao futuro? Como sabe que os moldes tradicionais de vida não combinam com você?

Para os adolescentes que curtiram o filme e o livro, pensem na pergunta acima, reflitam e saibam que, apesar desta fase ser um tanto complicada e cheia de conflitos, a fase adulta muda em alguns aspectos, mas em outros não. Continuamos nossa busca por nós mesmos durante toda a vida, porque somos mutantes, vivemos experiências que nos transformam a cada dia e nunca seremos os mesmos de ontem. 

E a dica é: ler é uma das formas de nos construirmos e nesse ponto, nossa amiga Margo Roth Spiegelman concorda plenamente!

Ficha Técnica
Filme: Cidades de Papel (Paper Towns)
Duração: 105min
Origem: Estado Unidos
Direção: Jake Schreier
Roteiro: John Green, Michael H. Weber, Scott Neustadter
Ano: 2015
Estrelando: Cara Delevingne como Margo Roth Spiegelman e Nat Wolff como Quentin Jacobsen 

Leia sempre, leia muito! Passe lá na livraria Portal Livros (em Rio Claro) e mergulhe no mundo das palavras, vamos cultivar conhecimento!!!! Essa é uma das bandeiras aqui do blog.... vamú juntoooo!!!!

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Beijos, beijos!!!


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